Sindicato Rural não atua em chacina e dirigente diz não conhecer área 51355l
O local é isolado da parte urbana e o o só é possível por avião ou barcos.

Milton Sousa Amorim é presidente do sindicato de produtores rurais de Colniza, que tem 120 filiado
O tesoureiro do Sindicato Rural de Colniza, Joaquim Guimarães Fagundes, afirma que por causa da falta de informações a entidade ainda não atuou no conflito agrário que culminou na morte de nove pessoas na Gleba Taquaraçu do Norte, a 250 km do município. Ele pontua que, pelo pouco que sabe, os assassinatos foram uma retaliação após uma invasão de terra.
Ao RD News, Joaquim explica que o Sindicato Rural, que tem cerca de 120 filiados, trabalha apenas com áreas legalizadas e com produtores que têm o registro de suas terras. As únicas situações em que não são exigidos nenhum comprovante de propriedade são nos casos dos cursos de especialização oferecidos pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT).
Por causa do difícil o à região, o tesoureiro afirma que ainda não foi possível ao menos identificar se os produtores próximos do local do crime possuem algum tipo de filiação com a entidade.
“A polícia não divulga nada para a gente porque afirma que todas as informações são confidenciais e que não devem se tornar públicas para que a investigação não seja atrapalhada. O Sindicato fica um pouco sem saber o que fazer”, pontua.
Joaquim relata que, segundo informações preliminares, o caso envolveria uma invasão de terra. Ele conta que foi informado que os assentados mortos ocupavam uma região de aproximadamente 19 mil hectares cujo extremo estaria dentro de outra propriedade de um fazendeiro.
“Eles foram esticando essa área durante alguns anos, até que esse espaço teria sido extrapolado para uma área que já tinha proprietário. Não sabemos se isso é fato, mas é a informação que nos foi ada”, informa.
O dirigente diz que o problema é muito ruim para a região e principalmente para o município, que tem uma das taxas mais altas de homicídio do país e que a entidade deve tentar intervir – e rear algumas informações para a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) – após a conclusão das investigações policiais.
“É uma situação muito complicada e delicada. Os assentamentos são feitos de forma desordenada e o Estado não dá um amparo legal para essas pessoas. É claro que somos inteiramente contra matar, que é um negócio desumano. Mas eu também sou contra invadir a propriedade dos outros. O Estado é falho em tudo e, por isso, a situação acaba ficando desse jeito”, finaliza.
Chacina
Na última quarta (19), nove homens foram mortos em uma chacina ocorrida próximo à Gleba Taquaraçu do Norte, na região de Colniza (a 1.018 km de Cuiabá). O crime aconteceu a 8 km de distância da vila, que fica a cerca de 250 km do município. O local é isolado da parte urbana e o o só é possível por avião ou barcos.
As nove vítimas foram identificadas como sendo Valmir Rangeu do Nascimento Fábio Rodrigues dos Santos, Izaul Brito dos Santos, Ezequias Santos de Oliveira, Samuel Antônio da Cunha, Francisco Chaves da Silva, Sebastião Ferreira de Souza, Aldo Aparecido Carlini e Edson Alves Antunes.
Chefes de quatro secretarias estaduais – Trabalho e Assistência Social (Max Russi), Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Suelme Evangelista), Segurança Pública (Rogers Jarbas) e Casa Militar (Evandro Alexandre Ferraz Lesco) – chegaram ao final da manhã desta segunda (24) em Colniza.
“É uma situação preocupante. O governo vai ser parceiro do município nesse momento. A principio vamos nos reunir com lideranças para sabermos quais as principais demandas”, chegou a dizer Max Russi. A cidade é comandada pelo prefeito Vando Conlnizatur (PSB).
Fonte: RD News
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