Médicos desistem de HC e negociam delação contra 19 vereadores e deputados em MT v1v4l
Bastidores fervem com possibilidade de detalhamento de maiores beneficiados

A defesa de Luciano Correia Ribeiro e Fábio Liberali Weissheimer pediu na terça-feira (10) desistência de um habeas corpus em tramitação no Tribunal de Justiça. Os dois são defendidos pelo advogado Hélio Nishiyama no inquérito que apura a Operação Sangria.
A desistência chegou às vésperas do julgamento do HC, marcado para hoje (10). “Informa-se, outrossim, que a presente desistência é realizada com a aquiescência do paciente, bem como não obstará a formação da pretensão liberatória perante o juízo de origem, tampouco a impetração de novo remédio heroico perante essa E. Corte Estadual”, escreveu Nishiyama na desistência.
A Operação Sangria foi deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz) em 2018 e investiga um esquema de monopólio nos serviços de saúde na Prefeitura de Cuiabá e no Governo do Estado. Nele, estariam supostamente envolvidos 15 vereadores e ex-parlamentares, cinco deputados estaduais e dois federais.
Huark Correia permanece preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Ele é apontado como um dos líderes do esquema, conforme a Defaz. É a segunda prisão do ex-secretário pela mesma investigação.
Huark e os outros envolvidos foram presos no fim de dezembro de 2018, mas estavam soltos desde o dia 28 daquele mesmo mês, por força de outro habeas corpus acatado pela desembargadora plantonista Antonia Siqueira Gonçalves. Foi novamente preso no último sábado de março (30).
O pedido de prisão foi feito pelo delegado Lindomar Aparecido Tofoli, da Defaz, que comanda a investigação, e acatado pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza, sob a argumentação de que Huark e outros cinco investigados no esquema estariam destruindo provas e coagindo testemunhas com o objetivo de obstruir a justiça. Além de Huark, também foram presos Fábio Liberali, Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Luciano Correia, Fábio Taques Figueireiro. E deve se apresentar a investigada Celita LIberali. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande.
A investigação da operação apura fraudes em licitação, organização criminosa, corrupção ativa e iva. Todos esses crimes seriam cometidos por meio de contratos celebrados com as empresas usadas pela organização, entre as quais a Sociedade Mato-Grossense de Assistência Médica em Medicina Interna (Proclin), Serviços de Saúde e Atendimento Domiciliar (Qualycare) e Prox Participações.
Fonte: Folha Max
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