Justiça solta um dos acusados de envolvimento em chacina que deixou 9 mortos em Colniza 45v70
Os desembargadores da Primeira Câmara Criminal entenderam que não há razão para manter Paulo Neves Nogueira preso

A Justiça determinou que um dos acusados de envolvimento na chacina que vitimou nove pessoas, na Gleba Taquaruçu do Norte, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, em abril de 2017, deixe a cadeia.
Os desembargadores da Primeira Câmara Criminal entenderam que não há razão para manter Paulo Neves Nogueira preso.
“Apesar de haver por ocasião da decretação da prisão preventiva do paciente, Paulo Neves Nogueira, indícios suficientes de autoria, a autorizar sua segregação cautelar, não visualizo, neste momento a justificativa da manutenção da medida extrema. Não estou afirmando, aqui, que não se extraem dos autos a existência de indícios suficientes de autoria ou de participação do paciente na empreitada delituosa, o que será melhor examinado por ocasião do julgamento do recurso em sentido estrito interposto pela defesa”, diz trecho da decisão.
Chacina em Colniza
Em abril de 2017, nove trabalhadores foram assassinados no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá. A chacina vitimou homens com idade entre 23 e 57 anos. Eles estavam em barracos erguidos na Gleba Taquaruçu do Norte quando foram rendidos, torturados e mortos.
A motivação dos crimes seria a extração de recursos naturais da área. A intenção do mandante do crime era assustar os moradores e expulsá-los das terras, para que ele pudesse, futuramente, ocupá-las.
O MP-MT denunciou cinco pessoas por participação na morte dos trabalhadores. A primeira audiência de instrução sobre o massacre ocorreu no dia 27 de novembro.
De acordo com o MPE, no dia da chacina, Pedro, Paulo, Ronaldo e Moisés, a mando do empresário Valdelir João de Souza, teriam seguido até a Linha 15 e, com o uso de armas de fogo e arma branca, assam Francisco Chaves da Silva, 56, Edson Alves Antunes, 32, Izaul Brito dos Santos, 50, Aldo Aparecido Carlini, 50, Sebastião Ferreira de Souza, 57, Fábio Rodrigues dos Santos, 37, Samuel Antonio da Cunha, 23, Ezequias Santos de Oliveira, 26, e Valmir Rangel do Nascimento, de 55 anos.
Os autores foram reconhecidos pelas testemunhas. A defesa de Valdelir negou a participação dele no crime.
Fonte: G1 MT
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