Eraí negocia mais de R$ 234 mi em leilão de energia; Energisa compra R$ 396 mi 57av
A negogiação foi efetivada no 27º Leilão de Energia Nova, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no último dia 4, em São Paulo.

Detentor de títulos como "rei da soja", "rei do boi", "rei do algodão", primo do atual ministro da Agricultura e Pecuária, ex-governador Blairo Maggi, com quem divide e alterna esses mesmos títulos, o produtor rural Eraí Maggi, é investidor também no setor de produção de energia e acaba de fechar a venda de 45 lotes de energia por R$ 234,7 milhões.
A negogiação foi efetivada no 27º Leilão de Energia Nova, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no último dia 4, em São Paulo, respondendo por cerca de 22% do total de 197 lotes de energia negociados na operação.
Os 45 lotes de energia foram comprados no leilão da Hidroelétrica Buritizal Ltda que pertence a Eraí. O empreendimento, cujo valor de investimento é de R$ 51 milhões, ainda está em fase de licenciamento e será instalado no rio Buritizal, em São José do Rio Claro (a 314 km de Cuiabá). O fornecimento de energia elétrica deverá ocorrer a partir de 1º de janeiro de 2022.
A Energisa Mato Grosso, concessionária de energia do Estado, também participou do leilão como compradora, e adquiriu o total de 3,1 milhões de MWh, ao custo médio de R$ 124,75/MWh, que multiplicado pelo número total de energia comprada, totaliza o valor de R$ 396 milhões.
De acordo com o relatório do Leilão A-4, 11 projetos mato-grossenses estavam habilitados para vender energia elétrica durante o leilão, no qual foram negociados R$ 6,74 bilhões em energia elétrica produzida por hidroelétricas, térmicas, biomassa, eólicas e solares.
O leilão foi realizado na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em São Paulo, e movimentou R$ 6,74 bilhões em contratos, equivalentes a um montante de 54.094.749,6/MWh de energia. No arremate, 39 projetos foram contemplados, sendo que a maior parte consistiu em energia fotovoltaica, com 29 projetos arrematados no certame.
Dos 39 empreendimentos de geração, quatro são hidrelétricas (19,7 MW médios), duas usinas térmicas movidas por biomassa (17,1 MW médios), quatro usinas eólicas (33,4 MW médios) além das 29 usinas solares fotovoltaicas (228,5 MW médios), o que soma 298,7 MW médios de energia contratada.
Os estados com os empreendimentos contratados foram o Ceará (14 usinas), Minas Gerais (8 usinas), Piauí (6 usinas), Bahia (4 usinas), Pernambuco (3 usinas), Rio Grande do Sul (2 usinas), Espírito Santo e Mato Grosso com uma usina cada.
Apesar do arremate de 45 lotes em Mato Grosso, o vice-presidente do sindicato que representa o setor no Estado (Sindenergia-MT), Eduardo Leite de Barros Oliveira, avaliou como negativo o resultado, já que a preferência das empresas compradoras foi por energia eólica. “Isso provoca um desequilíbrio no mercado, afinal, as usinas eólicas recebem muitos incentivos tributários, enquanto que a energia hidroelétrica não recebe nenhum incentivo”, pondera.
Fonte: RDNews
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